sexta-feira, 26 de março de 2010

Bicicletada!

Hoje tem Bicicletada!

Concentração a partir das 19 horas na frente do Museu Nacional (ao lado da Catedral).

Neste mês o tema da Bicicletada somos nós mulheres! Mas como está no blog: "(...) nada de alusões ao "sexo frágil" nesse pedal. Os participantes da Bicicletada de Brasília querem mostrar que nem ser mulher e nem andar de bicicleta são sinônimos de fragilidade."

Hora do Planeta

É amanhã!
20h30 às 21h30 
27 de março de 2010

"Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro."

Vamos fazer parte desse movimento! São apenas 60 minutos!

Apague a luz sem sair!!
Hora do planeta!

terça-feira, 23 de março de 2010

A liberdade de ser mulher(es)!

Hoje acordei cedo, caminhei e respirei o ar com cheirinho de mato, sendo remetida, logo pela manhã, para a atmosfera de Alto Paraíso, com sua infinidade de aromas e cores.

Enquanto caminhava, pensei no quanto é importante que nos realizemos como mulheres maravilhosamente diversas na expressão de nossas individualidades.

Lembrei-me de um livro que acabei de ler sobre a história do feminismo, abordando a discriminação que as lésbicas sofreram para se firmarem dentro de uma proposta feminista, por ser "destoantes" de um modelo de feminismo que não contemplava a diversidade. Com isso, refleti sobre a significação por trás da palavra "mulher", que encobre, de fato, a pluralidade que um "s" ainda não é capaz de expressar, à plenitude!

Enquanto pensava, preparei meu espírito para ir até a Câmara dos Deputados participar do Seminário Mulheres do Futuro: a formação de uma geração consciente. Fiquei nervosa porque, diante de tantos atropelos numa vida sentimental que me impele para a batalha diária contra a misoginia e o machismo, julguei estar atrasada para o evento.

Mesmo assim, fui, lancei-me em algo em que verdadeiramente acredito. E não é amor "romântico", "espera de príncipe encantado" ou mentira de "alma gêmea" forjada em uma unicidade que apenas me vê como prolongamento do ego, mas, antes, era algo que estava fazendo por mim, para mim, ou seja, na mais íntima relação do meu eu comigo mesma (isso, quero ser mais redundante ainda).

Como fiquei feliz em ver e me perceber diante da diversidade! Mulheres, unidas em torno da celebração das diferenças ideológicas, políticas, fenotípicas, culturais. Mas, enfim, nós, mulheres, que lutamos, dia após dia, para romper os grilhões de uma ignorância que ainda insiste em povoar o imaginário popular, bem como a mente de nossos maravilhosos amigos, companheiros, noivos, maridos, parceiros. A resposta para tanta escuridão é a felicidade de uma alma que brilha ao estar no espaço de calmaria interna.

Entrei no plenário e logo me acomodei em meio de tantas mulheres e poucos, pouquíssimos homens. Onde estão meus antigos namorados que, outrora, diziam-se respeitadores de novos paradigmas? Onde estão os que se diziam libertários? Não estão, porque, no fundo, não se libertaram e, não se libertando, não podem emancipar seus discursos. Apenas assistem, mas não vivenciam dentro de si a libertação da ignorância. A vitrine que coloca diante deles apenas para a contemplação, tal qual sempre fizeram, ao final, os descrentes dos movimentos feministas...

Sem problema, pois, afinal, nada retira a maravilhosa sensação de estar ali, participando, opinando, refletindo e compartilhando idéias com mulheres que sabem de si! Saí de lá olhando para um céu diferente hoje, o céu do espírito alimentado pelos auspícios de novos tempos em minha vida, tempos de conforto e respostas para minha alma que se sucateou bastante, mas não se deixou destruir...

No Impact Man

No Impact Man é o registro-documentário de um projeto-experimento feito por um americano - Colin Beavan - que ao longo de um ano mudou sua rotina em prol do mínimo de impacto que pudesse causar ao meio ambiente. Mesmo com o fim do documentário, Beavan mantém o blog no qual continua escrevendo.

No documentário, há informações muito interessantes e claramente executáveis que me fizeram ponderar o que realmente posso fazer para minimizar a degradação ambiental. As ações são implementadas aos poucos e, infelizmente, no esquema one-by-one. Não adianta querer que o mundo se mobilize quando ficou claro, pela reação pública ao projeto, diga-se de passagem às vezes bastante agressiva, que a negação de ação é mais uma forma de defesa dos interesses privados e falta de coragem de se desprogramar, como se para isto os egos tivessem que ser anulados, do que uma tentativa de contra-argumentar solidamente o que foi proposto.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Peladada em Brasília!

Tudo de bom! Pena que não tenho coragem de fazer isso: pedalar "nú" na Esplanada!

Mesmo assim deveria ter ido... No mínimo iria aumentar contingente e dar uma força para a Bicicletada que será no dia 26 - sempre a última sexta feira do mês!

Parabéns galerinha!!!

O lixo nosso de todo dia...

Durante alguns meses morei numa praia no litoral de Queensland, na Austrália - em Gold Coast. O lugar é simplesmente lindo! Muito bem cuidado, a areia chega a fazer barulho quando a gente pisa de tão fina. Banheiros e cestas de lixo ao longo de todas as praias da cidade, com chuveiros e torneiras para lavar os pés, guarda-vidas em torres e jipes para emergência, bandeiras sinalizando as condições do mar para banho, e por aí vai. O que mais me deixava impressionada era que todos os dias pela manhã, tratores esteira com pás de peneiras passavam pela praia recolhendo o que ainda "poderia" ter de lixo. Para se ter uma idéia, minha prima perdeu um anel na praia e foi encontrado pelo pessoal da "limpeza"!!!

terça-feira, 16 de março de 2010

Pão sem fermento? Tudo é possível com simplicidade


Estava pensando ontem em um pão sem fermento...

Acho que de tanto cansar de comer fermento e ficar cheia de gases, decidi arriscar uma receita artesanal. Está lá no quarto de "fotografia" (nome que dou ao querto onde deixo massa de pão e iogurte descansando, no calorzinho bacteriano...

Sabe como? Como fazer um pão integral sem fermento? Uai, veha química de sempre: colocando a farinha de trigo integral para ela mesma produzir a bactéria. O segredo é bater 1/2 xícara de óleo com 1 e 1/2 xícara de água morna até virar algo parecido com clara em neve. Depois disso, esparrame a farinha nessa "emulsão" de modo a conter o ar - aí residem as bacs. Depois é só fazer a massa, com 4 xícaras de farinha, até soltar da mão. Coloque no quartinho de fotografia de um dia ao outro...

Uhuu, pronto! Depois é só fazer o pão...acrescentando 1 colher de sopa de sal e demais ingredientes...Nossa...

sábado, 13 de março de 2010

Sociedade do Automóvel

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. É isso que temos quando nos dispomos a fazer parte da sociedade do automóvel.

É um documentário pequeno (39 minutos), "originalmente realizado como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo na PUC-SP em dezembro de 2004", de Branca Nunes e Thiago Benicchio, disponibilizado para download no site www.ta.org.br/sociedadedoautomovel/ ou para ser visto no Google Videos.


Sintético, com algumas pérolas, vale a pena assistir!

"O motorista (paulistano) está numa situação muito miserável. A gente precisa ter compaixão."

"Quando a gente entra num automóvel, a gente tem uma sensação de poder. E todos aqueles que estão na nossa frente são adversários. Estabelece-se uma forma de convivência que em vez de ser de convivência passa a ser de agressão."

"Eu já não compraria (um carro) não. Sabe por que? A gente vai ser assaltado. Entende? Porque aí teria que comprar uma Mercedes com blindado. Aí sim."

"Ao se segregar os habitantes, em locais onde se acessa por automóvel e a rua passa a ser inóspita pelo tráfego e pela poluição, nós estamos abandonando a cidade e deixando que ela seja ocupada exatamente por aqueles que não são cidadãos."

domingo, 7 de março de 2010

Árabes - você tem medo deles?

O cinema transforma a imagem das pessoas, dos credos, das culturas locais, ainda mais se pensarmos em globalização e monoculturas sociais.

Quem nunca ouviu história de alguém que, enquanto estava no exterior, foi quesitonado se no Brasil havia algo além de Amazônia, futebol e festas carnavalescas ao longo do ano? É o mito hollywoodiano transpirando política e transformando não apenas brasileiros, indianos, judeus, árabes, muçulmanos, seja lá qual for a etnia, religião ou cultura em meros estereótipos.

Nem todo brasileiro é carnavalesco, certo? Também nem todo árabe é muçulmano, nem todo muçulmano é terrorista, nem muito menos louco. Nem todo indiano é budista, nem toda mulher árabe faz dança do ventre, nem todo australiano é aborígene.

Entretanto, a indústria cinematográfica tem feito um esforço indecente e indiscreto em fornecer argumentos para os cérebros menos informados de que a segregação é bem vinda ainda mais quando justificada pela pseudo-contra-violência ou pela sexualidade. Somos bombardeados o tempo inteiro com estereótipos inconvenientes e sequer paramos para questionar.

Quem lembra que na manhã de 11 de setembro rapidinho foram encontrados "árabes" para justificar o ataque. Sem entrar na questão de quem fez ou deixou de fazer e teorias da conspiração de lado - já que não é este o caso - o impressionante é como em menos de 2horas, a mídia já sabia que os autores eram "árabes".

Qualquer bomba que explode é um árabe. Mas todos eles estão armados? Aliás, apenas eles estão armados? Sem envolver diretamente questões políticas e econômicas, quem são as verdadeiras pessoas por trás das culturas, etnias e religiões?

Tomar o todo pela parte, coloca-nos em posiçaõ de total alienação. Num mundo de acesso fácil à informação, estereotipar as pessoas, principalmente por meio de mitos advindos do cinema é simplesmente terrível!

Para quem quiser ver como cinema tem manipulado especificamente o perfil dos árabes, indico Reel Bad Arabs - How Hollywood Vilifies a People (2007). É um documentário de 50 minutos, disponível no Youtube (legenda em espanhol) (Atualizado em 2015jan18 - os links foram removidos e não encontrei atualização para o torrent e a legenda).

O teor do documentário serve no mínimo para considerarmos como estamos alimentamos visualmente nossas cabeças.

Coloquei o trailer aqui para dar um gostinho!

sábado, 6 de março de 2010

27 de março: a hora do Planeta

Dia 27 de março é uma data importante, porque entre 20h30min e 21h30min monumentos, casas, edifícios apagarão as luzes ao redor do globo, numa verdadeira "ação global" (literalmente).

É a Hora do Planeta, evento que teve início em 2007 em Sidney, marcou uma atitude conjugada, em nível mundial, para a conscientização em relação às alterações climáticas. 5 milhões de pessoas apagrama voluntariamente as luzes, numa economia de 10,2% de energia (contra a estimativa de 5% dos organizadores).

sexta-feira, 5 de março de 2010

Limpando a casa numa boa!



Passei muito tempo indo ao supermercado: primeiro, em reiterados atos de consumismo desenfreado, que foram cedendo espaço para as pausadas leituras de rótulos. Depois, pouco a pouco, observei que a última fronteira eram os produtos de limpeza.


Uma água sanitária ali, um desinfetante "cheirosinho" acolá. Tudo isso ainda me mantinha cativa na "linha de montagem" pré-programada. Aos poucos fui desopilando o fígado com os produtos feitos em casa, numa química básica que, a despeito dos rótulos, resolve e bem!

Para o detergente de pia de cozinha, que serve também para limpar banheiro, chão, gastei o seguinte material:
  • 6 litros de água
  • um sabão de côco ralado ou em pedaços
  • 4 colheres de sopa de amônia (que é vendida em farmácia)
  • 2 limões
Daí, simples: basta derreter o sabão de côco em 1 dos 6 litros de água e, depois, acrescentar os 5 litros e mexer. Espremer o limão (quando quero maior poder desengordurante, espremo 3 ou 4). Ao final, as 4 colheres de amônia. Pronto! Basta acomodá-lo em recipientes, de preferência, reciclados.
Depois que me arrisquei no detergente, fui para o amaciante, porque, afinal, no supermercado eles variam entre R$4,50 a R$8,00 a embalagem de 2 litros. Faça as contas do preço unitário do litro. Hehehe. Para o amaciante caseiro, você precisará de:
  • 5 litros de água
  • 4 colheres de sopa de glicerina
  • 1 sabonete ralado
  • 2 colheres de sopa de Leite de Rosas
Basta ferver o sabonete ralado em 1 litro de água e, depois, misturar com os 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 de Leite de Rosas. Fica ótimo! Já tentei fazer sem o sabonete e não aconselho, porque ele age como emulsificante na solução, se tirá-lo, as roupas ficarão duras.
Resumo da ópera, não precisamos ir até o supermercado para a escravidão da limpeza!

Sabedoria popular

Cada dia que passa tenho lido mais notícias interessantes sobre permacultura como um meio de sobrevivência popular. Muito interessante se levarmos em consideração que a maioria das pessoas sequer conhecem o termo. São ações com baixo custo de implementação e manutenção que podem ser utilizados em qualquer área utilizando conhecimento sobre a flora local e com auxilio de projetos voltados especificamente para tecnologia social.

Tem uma reportagem muito interessante sobre a implementação de algumas dessas ações no assentamento União Flor da Serra, em Planaltina (GO).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Biopirataria

Para quem não conhece, vale a pena.
O livro "Biopirataria - A pilhagem da natureza e do conhecimento" da Vandana Shiva é muito bom!
É passeio por toda a questão do respeito à vida.

São abordados temas como Organismos geneticamente modificados (OGM) e as consequencias desastrosas de sua utilização em todo o mundo, usurpação da biodiversidade dos países de terceiro mundo (inclusive nós), exploração do conhecimento local e milenar em prol de uma economia pseudo-civilizatória favorecedora de uma tecnologia de degradação, Direito de propriedade intelectual (DPI), interesses econômicos associados às políticas dos Estados e, principalmente, o resgate à biodiversidade em contrapartida à proliferação da monocultura pela globalização.

Enfim, para dar uma checada na beleza do material, clique aqui para ler o prefácio do livro.

terça-feira, 2 de março de 2010

WeForest.com

Para quem não conhece, o WeForest é uma ONG cuja proposta é o reflorestamento das florestas tropicais destruídas nos últimos 50 anos, ou seja, 20 milhões km2.

De acordo com o site, o reflorestamento possibilitaria:
- aumento da umidade do ar e das chuvas;
- diminuição da temperatura, consequencia direta do aumento da umidade do ar;
- manutenção da biodiversidade local;
- implantação de agroflorestas por meio de permacultura (agricultura auto-sustentável);
- aumento da quantidade de nuvens.

Este último item tinha me deixado momentaneamente encucada, mas então percebi que com mais nuvens, há mais sombra, aumento da reflexão dos raios solares, menor incidência do sol, menor temperatura - tudo fazendo parte de um ciclo que tem sido rompido drasticamente nos últimos anos.

Ou seja, se você mora em casa, plante uma árvore. Dê preferência às frutíferas que te darão alimento, ajudarão a aumentar a quantidade de nuvens e a biodiversidade local será favorecida - nada como beija-flores e joões de barro no seu jardim.