segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quino e a ironia do consumo

Um pouquinho de Quino para cutucar nossos padrões de consumo e o reflexo dele nas gerações futuras (na verdade, muito mais atuais do que podemos imaginar!).








O que rola no ônibus?

Como já disse em uma postagem anterior, Ônibus, metrô, bike... Carro não!, andar de transporte público é sempre uma boa pedida!

Menos poluentes; enxergamos os outros sujeitos que habitam a cidade e o mundo; é muito mais econômico do que andar de carro; há tempo para mais leituras, ouvir música, falar ao celular, tudo sem se preocupar com o trânsito (tem motorista!!!); além de sempre ter algo diferente acontecendo!

Alguém pode dizer que economiza tempo, que é mais confortável... Mas vivo em função do tempo para isso, tempo para aquilo, tempo para aquilo outro; passo quase o dia todo sentada na frente de um computador, com filtro solar no rosto, ao invés de estar na rua, no sol; não faço caminhadas, apesar de curtir, porque acho chato caminhar sem destino em volta do parque... acho mais fácil ir até a locadora, que é láááá longe, caminhando; também não curto academia apesar de já ter malhado um monte nos tempos áureos da aeróbica - mas ia para dançar!. Um monte de gente também é assim, mas prefere ficar dentro do carro, socado... Mas há coisas que são imperdíveis e das quais vale a pena lembrar para dar risada depois...

Noutro dia estava indo de algum lugar para outro e um senhor, de pouca idade, ou seja, um adulto mais velho, que não me pareceu muito normal pelo olhar desorientado que vi assim que ele passou pela roleta, começou a falar um monte assim que sentou... Detalhe, na fileira de cadeiras atrás da minha.

Como não tenho o hábito de ficar prestando atenção em quem entra ou sai do ônibus, porque, de acordo com o meu estado de espírito pode haver momentos de imersão total em uma leitura, uma paisagem, uma pessoa na calçada como cachorro, não sabia se ele tinha entrado com alguém. Só que como o sujeito não parava de falar, num tom de conversa com si mesmo, tive que olhar "discretamente" para trás... Algo como acompanhar o edifício que se passa, ou uma pessoa do outro lado da rua e dar uma espiadela no sujeito... Discreta, não?

Foi então que percebi que todo aquele discurso era para ele mesmo! Ou melhor para quem estivesse ouvindo. Ainda bem que a voz dele era em tom grave, sério, mas ao mesmo tempo suave - bem bacana de escutar, nada de voz esganiçada... Mas quando comecei a prestar a atenção no que ele falava e fiquei surpresa em ter que me controlar para não cair na gargalhada.

Justo na hora em que decidi ouvir, saiu do sujeito o seguinte:

"Sabe aquele cara que fez aquela música Metamorfose? Numa entrevista perguntaram para ele: Raul, para quem você criou a música Noia? E o cara respondeu: Ah! Para Noia."

Fala sério! Com a voz séria e pausada, como se estivesse contando um caso, totalmente sem emoção? Tive que me segurar para não rir! Olhei para todos os lado e ninguém estava prestando atenção no que o sujeito estava falando. Não dava para cair na gargalhada se ninguém estivesse comigo, seria muito estranho ficar gargalhando sozinha... Apesar de que se acontecesse isso hoje acho que iria rir numa boa!

O bom é que não ficou por aí...
"Sonhei com a presidenta. Ela estava num palanque, na frente de uma multidão. Todos diziam Amém na multidão. E ela dizia meu nome."

Gente, o que foi isso? Já quase não estava mais dando conta... Depois de mais uma ou duas dessas, ele levantou e desceu... Fiquei olhando para trás enquanto ele ia embora. Acho que ninguém ouviu o que ele falou. Uma pena! Poderíamos ter dado risada coletiva no baú.

Não tenho ideia do que rolava com o sujeito. Meu conhecimento sobre entorpecentes, alucinógenos e coisas do gênero não alcança o que aconteceu...

Como lembro disso? Na hora me deu um tilte e peguei meu bloquinho de anotações (que sempre está na bolsa) para registrar as falas, caso contrário não lembraria do que ele falou... Pena que não anotei mais...

domingo, 15 de maio de 2011

Trote solidário

Ontem li um livro muito bacana... Adoro odiar meu professor: o aluno entre a ironia e o sarcasmo pedagógico do Antonio A S Zuin. Vale a pena!!!

O mesmo autor também escreveu sobre trotes na universidade... O que foi apontado no livro como uma forma de manifestação da relação de amor x ódio entre alunos e professores - no caso, quando tudo já está no ressentimento e a necessidade de extravasar extrapola o emocional, indo para o físico. Não é a toa que houve caso de morte na USP - apenas mostra como a frustração na relação pedagógica toma rumos inimagináveis...

Mas foi pensando nisso que lembrei de uma notícia no site da UnB sobre trote solidário. Definitivamente é uma maneira de se manifestar, tentando desviar a energia contida para um bem social!

Calouros revitalizam escola durante trote solidário:
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4884


Foto é de Alexandra Martins/UnB Agência

Saco biodegradável realmente se degrada??

Depois de ficar maquinando se o saco plástico biodegradável realmente se degrada e quanto tempo leva, decidi fazer o experimento... É... Mais um!

A data de início: 15/05/2011 - domingo (dia perfeito para ter ideias....)

Peguei um saco biodegradável (de acordo com o fabricante), que já tinha usado algumas vezes, enxaguei e misturei com folhas secas e um pouco do adubo que tem em uma das composteiras... que aliás, já estão boas para recomeçarem o ciclo!

Não me lembro do nome da marca do saco, mas não é dificil encontrá-la no mercado. Lembro do formato da caixa... assim como lembro que dizia que em alguns meses, exposto ao sol, o material se decomporia.

Acontece que nos aterros esse tipo de material não fica exposto ao sol durante muito tempos, pois, acredito, é rapidamente coberto por outros detritos. Assim, depois que coloquei a mistura do saco com o adubo da composteira e folhas secas em uma bacia de metal (ela está furada e por isso quase não uso...) coloquei tudo embaixo do banco na minha varanda. É um local onde pega pouco sol da manhã, fica ao ar livre e o plástico não ficou totalmente coberto. As condições não são parecidas com a de um aterro, mas quebra o galho...

A ideia é deixar lá sem mexer para ver o que acontece...

Enfim, coloquei as fotos aqui para acompanhamento... Vamos ver se funciona!