sábado, 7 de abril de 2012

O Grupo Baader Meinhof

O Grupo Baader Meinhof PosterEsse é para assistir... Mesmo!

Um filme que mobiliza/ sensibiliza em relação ao quão idiotizados e domesticados estamos frente ao que uma pouca parcela da população, em especial os que roubam descaradamente de nós, veem fazendo. Ainda que, independente de onde estamos ou quem somos, vivemos naturalmente a situação de dominados e dominantes (em uma ou outra posição), isso não significa que temos de aceitar as mais diversas amarguras ou buscar um menor distanciamento entre as "duas" camadas da população.

E aqui não me refiro apenas aos vieses econômicos, mas àqueles que se estendem à aceitação da diversidade, saúde e educação para todos, assim como em relação a boas condições de moradia, de vida em geral.

Bom, no caso do filme, as manifestações tratadas de maneira cinematográfica, mas nem por isso desmedidas ou irreais, mostram como o terrorismo foi algo emblemático para uns poucos (ou muitos) dos jovens nascidos em 45, mais especificamente na Alemanha pós nazismo, entre as décadas de 60 e 70 na Europa...

Aliás, em algum momento, pode até parecer que as personagens se perdem de seus ideais inicialmente tão bem delineados, mas nem por isso deixaram de ser revolucionários, assim como Marx acreditava que deveríamos ser caso quiséssemos um mundo mais justo.

Deveríamos ir rumo ao terror? Sim! Indubitavelmente. Ao que parece a injustiça e constante liberdade assistida (e aplaudida silenciosamente por todos nós, brasileiros) daqueles aos quais ordinariamente (bem literal!) vivem entre nós numa suposta democracia, deve ser combatida com o terror!

E isso significa ir às armas? Parece que sim... Ou ao menos não inicialmente... O terror pode, ao menos sob o olhar que tenho hoje, não ser subjugado às armas, mas à manipulação de situações em que as pessoas se vejam de alguma maneira ameaçadas quanto ao que mais têm de precioso... E pelo que vejo, para algumas pessoas, a ameaça à vida, apesar de ser o limite para qualquer um, pois está vinculada ao mais básico sentimento de sobrevivência, não me parece ser a única e primeira forma de pressão!!!

Enfim, voltando ao filme, há uma crítica muito boa no Blog da Revista Espaço Acadêmico (http://espacoacademico.wordpress.com/2011/10/05/o-grupo-baader-meinhof/), e para mais infos sobre o filme (atores, direção, produção etc) o site do IMDB é de bom grado! http://www.imdb.com/title/tt0765432/

AH! É claro que não poderia terminar a postagem sem deixar um pouquinho do filme por aqui! Está com legendas em inglês, mas foi o melhor trailer que encontrei.


domingo, 1 de abril de 2012

Minha versão de "Vou-me embora para Pasárgada"


Pensando numa conversa com um amigo, tomei a liberdade de "matar" um poema de Manuel Bandeira... Vou-me embora para Pasárgada é tudo de bom, só não atende todos os meus anseios. Assim, lá vai...

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amiga da rainha
Lá tenho o homem que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansada
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menina
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutos bonitos
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amiga da rainha —
Terei o homem que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Para ler o original:
http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp

Compartilhando: Perseguida, Carta Capital some das bancas de Goiás



Compartilhando de....
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/51174/Perseguida-Carta-Capital-some-das-bancas-de-Goi%C3%83%C2%A1s.htm

Denúncias que se multiplicaram na manhã/tarde deste domingo 1 dão conta de uma verdadeira ‘razzia’, em Goiânia, sobre a revista Carta Capital que acabara de chegar às bancas. Carros sem placa de identificação percorreram as bancas de jornal de Goiânia, capital de Goiás, com homens comprando, de uma só vez, todos os exemplares disponíveis. Suspeita-se que a ação ocorra por grupos políticos ligados ao esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira, que está preso pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O assunto já é do conhecimento de políticos de expressão nacional.

O deputado federal Ricardo Berzoini, do PT-SP, foi bem humorado no Twitter ao se manifestar sobre o caso: “Alô, Mino Carta, mande um estoque extra da Carta Capital pra Goiania, tem gente comprando todas as edições pra coleção particular”. Já o ex-deputado e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh chamou de “bandidos” os homens que promovem a retirada da revista das bancas e deu um link da reportagem na íntegra (acesse aqui). “Soube agora que há carros sem placa recolhendo a Carta Capital das bancas”, registrou o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Abaixo, e-mail recebido de fonte de 247 sobre a situação em Goiânia:

“Não se encontra a revista Carta Capital em Goiânia nem pra remédio.

Houve ação rápida de governistas para fazer fila nas bancas antes mesmo delas abrirem. As informações são de que, no Palácio das Esmeraldas, o clima é de tensão.

Tensão e ameaça.

O chefe da Comunicação do Estado está mandando aviso às redações de rádios, jornal e TVs dizendo que estão todos proibidos de sequer mencionar o caso Cachoeira-Demóstens-Marconi em qualquer noticiário. As ameaças são de demissão e de entrada na lista negra de agraciados com verba pública da comunicação do Estado.

O objetivo é sumir com o assunto em Goiás, custe o que custar.

Perillo tem se reunido com seus principais auxiliares para achar uma saída para a sua entrada na pauta do noticiário nacional envolvendo Cachoeira. Conversa principalmente com seus advogados.

Uma das ações foi sua ida ao Twitter para tentar se descolar do imbróglio e ao mesmo tempo mandar recados com ameaças veladas.

Disse ele num dos posts: @marconiperillo: "Todos sabem que tenho sofrido agressões. Exemplo: matéria da revista Carta Capital é leviana, maldosa, irreal e tendenciosa."

E ainda: "Minha equipe jurídica estuda medidas judiciais a serem tomadas no campo cível e penal para reparar a minha honra."

Perillo também ameaçou por meio de assessores e aliados processar o Brasil247 por, entre outras coisas, mostrar em reportagem de Marco Damiani suas ligações com Cachoeira via empresário Valter Paulo, dono da casa onde o bicheiro foi preso e que pertencia ao governador tucano ("Mansão amplia elo entre Marconi e Cachoeira").

O novo capítulo da operação abafa assunto "Cachoeira-Demóstenes-Marconi" em Goiás está hoje nas páginas do jornal O Popular.

Informações da Redação são de que tem havido pressão constante do Palácio das Esmeraldas - sede do poder goiano - sobre jornalistas e a direção da empresa, que resiste, trazendo à tona mais casos de ligações perigosas do jogo do bicho com a cúpula do poder goiano.

A carta soou como um aviso e mais uma ameaça nas entrelinhas. Mais uma.”