Desta vez o vídeo questiona a influência das grandes corporações nos processos democráticos e eleitorais nos EUA. Uma pena não ser um desmanche sobre a situação brasileira, mas como já sabemos, não é muito diferente por aqui.
Assim como o vídeo propõe aos estadunidenses maior participação da população nas decisões políticas, o apelo pode ser usado diretamente para nós também. Algo como não apenas reconhecer, mas participar, mobilizar e incentivar a participação em uma série de movimentos sociais, como o Ficha Limpa entre outros, que têm certa repercussão e que infelizmente carecem de mais pessoas engajadas - o que seria realmente necessário para uma revolução democrática (não me refiro aqui a revolução armada, mas com a real participação da população!).
Isto não significa que estou desconsiderando o movimentos sociais... Muito pelo contrário! Talvez o incomodo seja o marasmo em que nos encontramos (é, também estou nessa!). Se há projetos em prol da democracia, da liberdade de expressão, contra a corrupção e outras situações que perturbam o desenvolvimento saudável do país (saudável no sentido da garantia os direitos sociais - cultural, político, educacional, ambiental, de saúde etc.), por que não há mobilização o suficiente para fazermos a diferença?
Então me lembrei de um texto [1] que li ontem falando sobre os desafios a serem enfrentados na consolidação das redes sociais:
- a influência das políticas neoliberais no processo de mobilização da sociedade (Ai ai...)
- as relações com a administração pública (Como não poderia ser diferente... O bom e velho paternalismo), implicando na criação de grupos fechados, isolados, resistentes à aproximação de outros segmentos (Ilhas de ego?!)
- e a dificuldade dos movimentos sociais aproveitarem o pleno potencial das ferramentas audiovisuais (Inclusão digital!!! Eba!).
Alguém poderia ponderar que os pontos são tipicamente culturais, numa tentativa de desmobilização ou ainda justificativa para se manter na inércia. Entretanto, é exatamente enxergando pontos que podem ser potencialmente daninhos que devemos focar neles e trabalhar de modo a descortiná-los, modificá-los em prol de uma maior conscientização...
Enfim, estou animada para trabalhar num projeto de inclusão digital... É uma pequena contribuição enquanto fico aqui no blog brincando de ciberativista...
AH! O vídeo... Em inglês, mas creio que em breve com legendas...
[1] Oliveira, Elizabeth; Irving , Marta. Redes virtuais: da discussão teórica às potencialidades contemporâneas para a consolidação de redes sociais. Textos de la CiberSociedad, 13, 2008. Temática Variada. Disponível em http://www.cibersociedad.net. Acesso em 09mar11
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