segunda-feira, 27 de setembro de 2010

E a Natureza se prepara!

Há dias o elemento ar tem dado o sinal, acalentando com um fino frescor de renovação nossos corpos aquecidos pelas chamas avermelhadas da abóboda solar, que insiste em queimar o solo sem pedir licença.

Afinal, fizemos tanto pela desagregação ambiental que a Grande Mãe, cansada, decidiu fazer o que tem sabe de melhor: ser implacável em sua atitude de devolver à humanidade a resposta de tantas agressões.

Isso ficou bem claro na movimentação da Natureza, manifestada no clime oscilante, de temperaturas desérticas e um frio incomum para uma cidade que sempre teve um clima ameno, pero no mucho.

O clima, para quem percebeu, mudou consideravelmente, pois a seca, este ano, assolou - de maneira intensa - a todas nós. A Chapada arde em brasas, como um rastro de destruição, espetáculo digno de uma ode à Dante Alighieri...

Mas algo está sendo prenunciado... Algo novo e mágico está sendo anunciado na sutileza do vento.

O movimento do ar traz o vetor de uma nova era. Junto com a sensação de sufocação e a umidade beirando os 5%, eis que baila, em pleno cerrado, uma brisa leve que anuncia a mudança.
Ontem estava andando e, de repente, parei, de início, atônita, sendo arrebatada pela sensação de final de ciclo - mais uma vez, o ciclo de vida-morte-vida.

Senti a brisa percorrendo cada ponto longínquo do meu corpo, ao mesmo tempo em que me sintonizava com os desígnios da Grande Deusa. Era o elemento ar a compor a matiz do fogo (calor), da terra e do espírito, avisando que, daqui a pouco, choverá.

Choverá... As nuvens estão carregadas, lembrando-me da amoreira que, de repente, dentro de seu ciclo, encheu-se de frutos saborosos. A terra está com novos cheiros: é o novo que pede passagem para a renovação da vida!

A Natureza se prepara, enfim, para a estação das águas!

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