sábado, 15 de dezembro de 2012

Pensando no futuro?

"Quem não tem presente se conforma com o futuro". Li essa frase num blog que acompanho... Blog do Ozaí. E, curiosamente, já vinha pensando sobre a referência de futuro e o seu significado. Possivelmente como consequência da época do ano. Meu aniversário acabou de passar e com ele faço aquele levantamento mental do que está legal e do que não está na minha vida. É também época de limpeza geral na casa e arrumar tudo que não foi arrumado por levar muito tempo - repintar umas paredes, fazer a mesa da sala, consertar o teto do banheiro. Vale também olhar de um jeito diferente pras coisas de casa. Quem sabe surgem novas ideias. ;)

Mas ainda tem outras questões... Normalmente, quem pensa no futuro não escapa do pensamento a respeito da morte e, se escapa, deixa de pensar no real significado da vida.

Sempre fazemos planos e agimos pensando que a vida é um rumo sem fim (mesmo que exista um objetivo em mente), eterna enquanto dura, e por isso, muitas vezes renegada em sua fugacidade. Pensar no futuro gera uma tendência para brincarmos de imortais, nunca consideramos realmente a possibilidade de não estarmos aqui amanhã. Mas vai que eu morro amanhã? Ou você! Nada de inautêntico ou impossível, isso acontece todos os dias com milhares de pessoas.

Vale então pensar como se não houvesse amanhã? Pode ser... Mas e os exageros? Viver como se não houvesse amanhã parece até letra de música dos anos 80. Pode-se tentar viver 1000 anos em um dia e tentar vivenciar tudo como num dilúvio - mas a vida é legal de ser vivenciada, ponderada, experimentada no dia a dia, como quem se delicia. Um dilúvio nos afoga sem deixar um tempo para realmente experimentar. Além do que vivenciar intencionalmente experiências diluvianas parece muito mais uma tentativa de auto-destruição... Daquelas que tentamos evitar a vida inteira - alguns de nós, claro.

Mas deixando a banalidade e a autodestruição de lado... Como você viveria seus últimos dias, dia ou horas? Eu bem que gostaria de, no mínimo, estar bem com as pessoas com as quais me importo. Também em paz com meus fantasmas. Deitada numa rede, com os amigos, um livro, a família, uma cerveja gelada, embaixo de uma árvore... Eita... Aí foi demais!

Será que dá pra resumir? Como dizem, "estou pagando um foda-se!" pro resto. Porque quem não está perto, meu ego não entende; para as coisas, daquelas materiais mesmo, não preencheriam meus últimos pensamentos e sentimentos... Se é que podemos mantê-los conosco ao morrermos...

Enfim, quer uma ajudinha pra brincar sobre isso? Leia "O Muro" de Sartre. Haja minhoca cerebral pra dar conta. Uma cacetada no ego imortal e único.

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