terça-feira, 23 de março de 2010

No Impact Man

No Impact Man é o registro-documentário de um projeto-experimento feito por um americano - Colin Beavan - que ao longo de um ano mudou sua rotina em prol do mínimo de impacto que pudesse causar ao meio ambiente. Mesmo com o fim do documentário, Beavan mantém o blog no qual continua escrevendo.

No documentário, há informações muito interessantes e claramente executáveis que me fizeram ponderar o que realmente posso fazer para minimizar a degradação ambiental. As ações são implementadas aos poucos e, infelizmente, no esquema one-by-one. Não adianta querer que o mundo se mobilize quando ficou claro, pela reação pública ao projeto, diga-se de passagem às vezes bastante agressiva, que a negação de ação é mais uma forma de defesa dos interesses privados e falta de coragem de se desprogramar, como se para isto os egos tivessem que ser anulados, do que uma tentativa de contra-argumentar solidamente o que foi proposto.
Para mim, fica cada vez mais claro que posso ter outras atitudes pró-ambientais sem necessariamente me dispor de todo o conforto que a tecnologia me dispôs, otherwise, teria que abrir mão do computador, por exemplo.

Plástico - Infelizmente, não tem como evitá-lo totalmente. Embalam meu arroz, açúcar, biscoitos, pão, feijão, shampoo, computador, telefone, capas de livros, sapatos e por aí vai. O que posso fazer para minimizar o uso?
- Sapatos - posso usar sandálias de sola de borracha de pneu reciclada encontradas em feiras artesanais, ou me informar de onde vem a borracha dos meus futuros sapatos.
- Sacolas plásticas de mercado - essas rodaram tem tempo e foram substituídas pela mochila, mas também já aconteceu de, na volta pra casa, eu passar no mercado, adquirindo umas duas a mais. Solução: três embalagens plásticas dobradinhas na bolsa.
- Sacos para o lixo (já que sou obrigada a embalar para dispensar na lixeira do andar) - tenho usado os sacos que embalam os produtos como açúcar, arroz, pão e biscoitos, papel higiênico, farinhas, etc. O que dá e sobra. Estão enchendo o puxa saco.
- Vasílias de plástico - como de amaciante de roupas, produtos de limpeza em geral, shampoo, etc., levo para os coletores que tem no estacionamento do Pão de Acúcar. E dá pra levar de bicicleta!

Vidro - junto todas as sobras que comprei com alimentos e sucos e também as coloco no container do Pão de Açúcar para reciclagem - é o único lugar que conheço que recolhe e dá para levar de bicicleta. Alguns vidros uso para fazer compotas de geléia e molho de tomate. As conservas salgadas ponho um tanto de azeite e deixo fora da geladeira mesmo - já ficou assim uns 15 dias sem estragar (lembrando que foram esterelizadas logo antes de guardar a conserva)

Metais - tenho jogado no lixo, até porque são poucas - tenho evitado molhos de tomate, alimentos em conserva pela quantidade de produtos químicos na fabricação, fora na produção! De qualquer maneira, também vou juntar para levar no Pão de Açúcar (isso não é propaganda do mercado, por favor! apesar do Pão de Açúcar ter uma série de programas "verdes", vende peixes do fundo do mar, incentivando a pesca de arrasto!)

Óleo de cozinha - fiz acordo com o pessoal da casa do meu pai para que pudéssemos fazer sabão com o óleo que usamos. Eu tenho muito pouco porque não faço frituras, mas bola pra frente. Já é alguma coisa. A galera tem receitinha e foram criados fazendo sabão em casa! Massa!!!

Orgânicos -  é um problema. Ao assistir o documentário, vi que poderia fazer uma caixa de compostagem no apartamento, mas quando as moscas infestaram a casa, assustei. Higiene é importante também. Vou pensar numa solução e posto por aqui depois.

Compras - não acho difícil, tendo em vista que não me considero uma pessoa consumista. Compro, em geral, quando preciso:
- Roupas - andei falando que precisava de umas roupas novas, mas na verdade preciso não, aliás, mais uma vez, doei algumas. As que tenho estão em bom estado!
- Alimentação - isso pra mim é difícil. Adoro comer na rua... Entretanto já diminui bastante. Agora é ser drástica!

- Outros - eletrônicos, coisas para casa, sapatos... Nada disso. Tenho tudo o que preciso! Normalmente quando algo estraga e realmente precisa de reposição então compro...

Papel -  isso eu acho meio difícil eliminar... Mas...
- Livros - tenho encontrado vários para download e dá para pegar outros tanto na biblioteca. Apesar de eu ter mania de fazer anotações e sublinhar o que estou estudando, quando o livro é digital, risco e faço observações usando um editor de pdf livre bem bacaninha: o Foxit PDF Edit (o nome do programa fica registrado na página, mas não faz a menor diferença na funcionalidade... além disso, não vou imprimir mesmo). No caso de leituras para distração, levo para a cama, então vai o físico mesmo. Esse não tem jeito.
- Papel para anotações - de vez em quando faço umas limpas nos armários e encontro papéis para virar rascunho: cópia de documentos, resultado de exames e receitas médicas, tudo vira rascunho. Infelizmente jogo fora no lixo mesmo... mas acho que vai entrar na lista para levar para os containeres "daquele" mercado...
- Cadernos - desde menina aprendi com minha mãe a refazer os cadernos. De início achava ruim, porque minha mãe colocava as capas do ano anterior e eu queria novas, como todo os meus colegas. Mas foi só começar a fazer umas colagens nas capas e colocar um papel contact por cima que todo mundo começou a fazer também... Era algo bem terapêutico: horas para decidir as imagens e montar as capas que tinham sempre uma "mensagem". Na última vez em que peguei os cadernos dos meus irmãos, consegui fazer um novo com muitas páginas, coloquei uma capa já existente e pronto! Não fiz montagem porque teria que usar o contact e a idéia é minimizar o uso do plástico!

Enfim, estou fazendo um pouquinho, mas acho que é assim: vou me adequando e assumindo as mudanças como parte da rotina.

Coloquei o trailer do filme, para darem uma espiadinha...
Se alguém ficar animado, consegui baixar o filme e colocar legenda em inglês (não encontrei em português e ler em inglês ajuda bastante!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário!