domingo, 26 de dezembro de 2010

Jingle bells...

Natal... Será que podemos dizer coitados de nós? Há algum tempo passo a noite de Natal com a certeza de que é uma noite para encontrar a família toda reunida, sem a justificativa de um aniversário qualquer. É... Não acho a data  possa ser justificada pelo nascimento de Cristo... Principalmente porque vem regada de uma série de hipocrisias e historinhas religiosas, dogmáticas, distorcidas... Se querem comemorar o nascimento de Cristo, comemorem de verdade!

A questão é que não comemoro, apesar de fazer questão de ir à festa. Sim, para mim é uma festa para ver a família toda (que eu amo), comer e beber, sem a hipocrisia de que é uma época do ano em que estou em contato com a espiritualidade, fazendo o bem...

Por favor! Busquem a espiritualidade o tempo todo!!! Façam o bem o tempo todo!!!! E ainda mais... Sem a obrigatoriedade de dar presentes... Por que sinceramente fico me perguntando: aniversário de quem é comemorado? Nosso - enquanto indivíduos?

Além disto, é sempre bom lembrar que papai Noel só é vermelho e branco por causa da campanha publicitária da Coca-Cola na década de 30 (aliás, minha prima linda colocou uma postagem no blog dela sobre o tema: http://lascomadres.wordpress.com/2010/12/25/historia-do-papai-noel). Originalmente o papai Noel era verde e lenhador. Fala sério! Como nos deixamos enganar por tamanha falácia? ahmmmmmm... Será que é porque queremos?!?!?

Então, a partir de agora deixarei de escrever na terceira pessoa do plural. Me tirem desta!

Acriticamente são absurdamente compradas uma série de mimos para serem trocados nesta época do ano. Peraí, porque não rola isso antes? Por que nesta época? Se gostamos das pessoas e lembramos delas em outros momentos, por que não fazer mimos em outras horas, com coisas feitas por nós mesmos? Ou ainda, por que não dar para realmente quem precisa ao longo do ano?

A esposa do meu pai, muito gracinha, por sinal, perguntou o que eu queria ganhar de Natal tendo em vista que era complicado comprar roupa e sapato para mim (sou muito alta e nos últimos tempos tenho falado muito sobre o consumo exacerbado das pessoas), e comprar livro seria outro problema tendo em vista que já li muita coisas. Então, minha resposta? Um honesto nada! Hoje não preciso de nada!

Meu guarda-roupa vai bem, tenho o que preciso para me vestir. Meus sapatos estão em ordem e há vários anos adotei a tática do ganho-um-dou-um, além do que ganhei 3 de aniversário - ou seja, alguém vai se dar bem pois vou passar 3 bons sapatos para frente! Livros, nossa... Tenho lido um monte e é praxe comprá-los ou baixar na web: caiu em domínio público, ou leio digital ou imprimo e encaderno!

Quer me dar um presente? Tem milhagem? Manda aí para eu ir dar uma visitada no meu irmão lindo que mora em Ilheús! Vou amar!!! Fora isto, muito obrigada...

Estou muito feliz andando de metrô, ônibus, bicicleta, consumindo menos de maneira consciente e assumindo a responsabilidade em viver numa sociedade na qual as pessoas simplesmente não se preocupam com o resultado de suas ações mais simples. Continuo reciclando todo o material que posso, ajustando minha composteira (que aliás, precisa urgentemente de terra!) e sempre que lembro e vejo os garotos dormindo na rodoviária pela manhã, levo frutas ou biscoitos... E não preciso do Natal para fazer isto!

Afinal, o tio Sam está aí para ensinar coisas boas e coisas... boas? Depende de como são encaradas!

Um comentário:

  1. Hehehe...legal mesmo! Um show de lisura e consciência, num mundo que se coloca na contramão da verdade em termos de compromisso com a autenticidade.
    Gostei, Jubs!

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Obrigada pelo comentário!