quarta-feira, 12 de maio de 2010

Colocando o papel no vaso, sim senhor(a)!!


Todo dia vou ao banheiro e olho para a lixeira vazia. Sim, aprendi a esvaziar a minha, depois de passar muito tempo pensando a respeito... Nela jaziam os restos mortais de meus despojos enquanto ser vivente em eterna decadência, fruto da decomposição e degeneração que toma, de 6 em 6 horas, partes de mim, ser ocupante dessa Terra-de-Deus-me-livre. Tenho pensando muito em limpeza e ecologia.

Atualmente, a palavra-chave em matéria de limpeza e - pasmem - e ecologia é a propaganda misógina do Purificador pastilha Pato, onde o maridão chama a esposa, vestida de "descida na Lua" para que ELA troque a pastilha... Ele fala, em tom imperativo que reforça a truculência, algo subrecepticiamente mascarado em algo assim "amor, tem que trocar a pastilha do vaso"... algo parecido... Só que É ELA, E NÃO ELE, QUEM ENTRA NO BANHEIRO VESTIDA PARA MATAR OS GERMES.

Não entrando muito no mérito dessa propaganda desqualificadora (sim, desqualifica a mulher porque setoriza seu papel, dentro de um lar, como sendo a detentora do poder do rodo, da vassoura e do escovão, enquanto o "bonitão" está lá, cheiroso e gostosão, macho-alfa que irá, momentos depois, ovacionar seu pênis, expondo a decadência esguichatória em pé, na virilidade da auto-referência fálica), fiquei pensando no quanto usamos papel higiênico e lotamos os cestos, quando, de fato, o papel higiênico, quando bem dosado e usado, é biodegradável e pode ser colocado no vaso sanitário.

Ele foi feito para se dissolver na água e, portanto, poluir menos o Meio Ambiente, desde que saibamos usá-lo com moderação. Não que esteja apregoando o uso "ralo" do papel higiênico, mas acho que a dosimetria dele poderia muito bem ser refletida por uma comunidade desejosa de colaborar com o meio ambiente.

Para isso existem o chuveirinho, o bidê, ou, então, algo muito higiênico, que é simplesmente tomar banho e limpar a bunda...sim, limpar o rabo direito é, antes de um ato de preservação ambiental, demonstração de auto-limpeza.
Que delícia a aguinha caindo na bunda: gelada ou morninha, tanto faz.
E Gaia agradece! Com isso eliminamos o fétido ar que sai de nossos corpos em decomposição, poupamos o mundo (no caso, os amigos e as amigas garis) de cheirarem, por via oblíqua, nossa bunda e colaboramos para diminuir o volume do lixão perto de nossas casas.

"Ah, já tentei e aqui em casa o pessoal entope". Então, lamento, mas não foram bem transmitidas as lições básicas, mas nada que não possa ser feito novamente, com dicas práticas (talvez enrolando um pedaço de papel e passando ficticiamente no rabicó) que poderão ser compartilhadas.

No final das contas, o não querer fazer, para mim, é a maior demonstração de podridão e porqueira que podemos manifestar. Daí, meus amigos e minhas amigas, não existe perfume a encobrir aroma quando é a alma que está podre...

Um comentário:

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